segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Deviam ter vergonha


Em vez de pagar como deve ser aos trabalhadores, criam fundos de emergência. Execrável.

Dividem?


Não percebo como é que uma coisa já aprovada pode dividir tanto o governo...
Já agora, mais uma vez se prova que razão tinha a CGTP quanto não assinou o acordo de concertação.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Encaixe record, asneira grossa


Num momento em que os media vão fazer eco do "sucesso" da privatização da ANA, não posso deixar de me interrogar sobre o que acabamos perder, em contraponto ao entusiasmo dos 3 mil milhões:

  • desde logo, os resultados da empresa que eram públicos deixam de o ser (bem sei que é a vida, mas bolas é um dos efeitos);
  • qual será o futuro dos aeroportos nacionais? (ao que consta só o de Lisboa é actualmente rentável). Terá sido acautelado no processo de privatização? (duvido)
  • perdemos ainda um instrumento de política de desenvolvimento regional, que não era menor. Por exemplo, crescimento recente do turismo na zona norte do país foi em boa medida resultado de uma política de atracção de voos agressiva para o aeroporto Sá Carneiro, que resultou na criação de um centro de operações na Ryanair no Porto. A partir de agora estas ferramentas (que se podem discutir evidentemente, mas que tiveram resultados palpáveis neste caso) simplesmente desapareceram.
Ou seja, vendemos um pouquinho mais da nossa independência, mas que interessa isso face a estados de emergência nacional, e a 3 mil milhões...

O país que temos


Um país de cada vez mais desigual, com uma elite com rendimentos estratosféricos, um salário médio mensal de 850€ (estou a falar de cor, mas não deve andar longe) e um salário mínimo inferior a 500€ (7.000€/ano). Próximo do 3º mundo. Looonge da civilização.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Pieguices

Começa-me a farta a conversa pieguinhas (parafraseando o Passos) dos CDS, com a historinha de até serem contra o orçamento, e os cortes, e serem a favor do estado social, e não terem sido ouvidos, e tal...

Meus amigos CDS-PPzinhos: estão no governo de livre vontade, são corresponsáveis pela políticas e se estão tão contra o caminho que vem a ser seguido, sejam homenzinhos, "metam os pés à parede" e tomem uma atitude que pode arriscar os vossos lugarinhos no aparelho de Estado.

Senão esta conversinha piegas é léria, música para boi dormir.

O quê (2)?


E já que falamos de negócios obscuro, aí vai uma notícia directamente das trevas.... 1,3 mil milhões em ajustes directos?

O que vale é que o Gaspar é um técnico, de uma competência a toda a prova e controla bem os gastos.....

O quê?

Quanto mais se vai sabendo do negócio relâmpago de venda da Tap, mais cheira a esturro.

Depois de se saber que o comprador (único candidato) oferecia-se para assumir a dívida da empresa, pagando em cash mais  20 milhões de euros (meio Airbus para termos noção do que falamos), surge hoje esta notícia....

Estou perplexo.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Reformas "milionárias" - populismo e ladroagem


O ataque ao estado social continua, agora com uma vertente nova - num contexto de corte geral de reformas, corte em si absolutamente ilegítimo como vários especialistas já explicaram publicamente, tenta agora o governo justificar o injustificável apontado baterias às ditas "reformas milionárias".

Esta forma de abordar o problema visa convencer da inevitabilidade e até da justiça dos cortes, ignorando deliberadamente alguns aspectos fundamentais, nomeadamente:
. a maioria das reformas altas tem correspondência com carreiras contributivas longas e de valores altos;
. as reformas são devidas sem limitações, porque os trabalhadores enquanto contribuintes também não tiveram limites aos seus contributos;
. o problemas não está nas reformas milionárias - o que são milionárias? 2.500€? 3.000€? 5.000€ (que são em número muito reduzido), mas no nível ridiculamente baixo dos salários, que gerou reformas igualmente baixas, e que o governo se prepara para baixar ainda mais.

Centar agora o problema nas pseudo-reformas milionárias é imoral, populista e aldrabão, desfocando o problema do que é a pouca vergonha original que é o cortes nas pensões - em todas elas.

O ajustamento segundo Passos


Capitalismo (e do selvagem)


Na 6ª feira passada foi anunciado um meganegocio na área de telecomunicações com a fusão da Zon e da Optimus.
Com esta operação reduz-se a concorrência neste importante sector, estruturante de toda a economia, sendo previsível uma tendência para uma (ainda) maior cartelização do mercado - basta analisar as oferta dos operadores para se perceber que a concorrência é algo pouco mais que aparente no sector.
Neste contexto ainda não ouvi falar a autoridade da concorrência ou a Anacom, dando a impressão que, no momento da verdade, a regulação pública desaparece prevalecendo o mercado selvagem que num sector com as características deste sabe-se que seguramente não gerará soluções boas para os consumidores (e em última análise para o país).

Porque será?

Porque será que quase não há outros exemplos na Europa de exploração dos aeroportos por privados?
Será pela importância que esta gestão reveste para o país, que não aconselha a privatizações? Será por ser uma actividade pela sua natureza tendencialmente monopolista?
Evidentemente que a estes génios que nos governam não passa pela perguntar-se se será prudente ir por um caminho por onde mais ninguém vai.

A cartilha é toda a mesma


Há os meses também assistimos a iniciativas deste género.

Os jotinhas no seu pior...


... tentar agradar aos chefes procurando ir além do que eles na estupidez....

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Não sei se aguento o choque...


... se isto tiver por trás algum tipo de acção menos transparente por parte do arauto da austeridade e das continhas publicas certinhas (e pequeninas).....

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

O modelo Passos empresário - um caso de estudo do que desgraçou o país

Passos Coelho é uma triste representação a vários níveis do que estragou Portugal.
Formado politicamente numa jota, onde aprendeu toda a boa escola do jogo de influencias e poder, saltou para o Parlamento onde não consta ter deixado especial marca, e entretanto foi trilhando o seu pseudo-caminho na vida empresarial, trabalhando sempre como alto dirigente (ele que não foi especialmente rápido a terminar o curso) em várias empresas ligadas aos seus amigos do PSD.
É nestes meandros que confirma a sua capacidade para, utilizando a sua boa carteira de contactos, promover negócios entre as empresas privadas onde trabalha e o Estado, nos quais vai sacando dinheiro que remunera serviços prestados ao Estado de necessidade sempre discutível, para dizer o mínimo. Mas sempre dentro da lei formal - a "vergonha na cara" não entra neste campeonato.
Esta é a gentinha que vive há anos no dito sector privado, mas naquele segmento especial que sempre viveu à custa da "teta" do Estado.
O episódio da ONG é só mais um triste episódio dos que o Sr. terá protagonizado.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

E assim se confirma a vontade de privatizar o ensino

Talvez tenha sido o aspecto que mais mexeu comigo na entrevista de ontem do PM: a assumpção clara de que o bolo do ensino é demasiado apetitoso e a privatizaçao é o objectivo.
Temos agora certo que, de depender do Dr Passos, a classe média passará a pagar os estudos dos seus filhos, as classes altas continuarão a meter os filhos nos colégios de elite como actualmente, e ao estado ficará reservado o papel assistencialista, com a provisão de um serviço mauzinho porque subfinaciado, para garantir que os pobrezinhos aprendem a ler, a escrever, e aprendem uma profissãozinha.
E assim se vai matar alegremente o maior factor de coesão e mobilidade social criados após o 25 de Abril.
Isto é sem dúvida uma mudança (reforma?) estrutural ... para um país mais desequilibrado, mais pobre, mais injusto, mais violento....
Somos mesmo governados por filhos da p#ta.

Dumping fiscal - versão reformados estrangeiros

No mesmo país onde as reformas estão a ser selvaticamente cortados, o governo prepara-se para isentar de impostos os reformados estrangeiros.
A propósito desta notícia vale a pena ler o excelente artigo da Clara Ferreira Alves na revista do último Expresso.
Num futuro próximo seremos um país onde os reformados portugueses viverão no limiar da pobreza e os seus filhos serão criados dos reformados ricos do norte da Europa.
Que lindo plano para o país...

São cada vez mais os economista de referência que alertam para o desastre


O "Homem da Razão" (de Da Vinci) no Metro


Achei a capa do Metro de ontem engraçada, mas é impressão minha ou a colocação de calções no boneco é doentia (para não dizer perversa)?

Cada vez admiro mais os egípcios

... e acho que nos está a falta este desassossego, esta vontade de mudar e de que esta mudança seja orientada pelo povo. Não sei se aquilo acabará bem, mas que as pessoas comuns condicionam fortemente a evolução dos acontecimentos, condicionam.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

A política deste governo é criminosa ... MESMO


Já agora uma pequena nota adicional de pé de página: gostaria de ver agora a muito católica Dra. Jonet defender o valor da vida e compatibilizá-lo com a cultura de cortes e pobreza que tão entusiasticamente tem vindo a defender.

A defesa da coisa pública segundo o governo Passos

Isto, que seria sempre inadmissível, é especialmente chocante no âmbito de cortes generalizado, nomeadamente no apoio social publico mais básico.
Trocam-se contrapartidas de 490 milhões por 150.
O melhor dos mundos para os privados com a captura às claras do interesse público.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Dividir para reinar

Quando se quer quebrar uma força nada como dividi-la.
Depois de cortes nos salários mais altos do sector público em 2011 (até 10%) e da retirada dos 2 subsídios em 2012, uma leitura ligeira deste título faria pensar que os sacrifícios incidem sobre o sector privado.....

Golpe de teatro nas eleições na Catalunha



Quando Mas e a sua CiU esperavam, à boleia da austeridade geral e do ênfase na questão da autonomia, reforçar o seu poder, eis que os eleitores reforçam a questão soberanista, com a subida da Esquerda Republicana, e ao mesmo tempo penalizam o próprio Mas e a sua política de austeridade.

Brilhante.

sábado, 24 de novembro de 2012

O regulador regulado


A subserviência do Banco de Portugal aos bancos cuja actividade é suposto supervisionar começa a ser escandalosa.

Quando as leis não são como queremos...


... mudam-se as leis.
Pouco a pouco a nossa democracia vai perdendo forçar.
Um destes dias acordamos e estamos num estado policial, com o direito à manifestação condicionado, a liberdade de expressão limitada e os cidadãos controlados por todas as vias.

Romper com o pensamento único


Excelente intervenção inicial do economista Alexandre Abreu no Opinião Pública da SIC, quebrando com sintonia dos comentadores do costume.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

O ataque ao modelo social português - nova fase

Castiga-se de novo a função pública (só mais um bocadinho).
Baixa-se o IRC (as receitas do Estado há que sacá-las a esses malandros que trabalham).
Continua-se a apadrinhar a irresponssabilidade banca (que na verdade há muito manda no país).

Isto sim, é governar para as pessoas.

(se vier a haver retoma)...

Todas as estimativas estão a falhar, todas metas saem furadas, mas continua-se a vender que a coisa está a correr bem (veja-se a 6ª avaliação da troika). Falta só saber que critérios fundamentam esta avaliação.

Este Relvas não existe


O Sr. da Ponte até foi escolhido por ele mas agora está a revelar opiniões divergente. Uma chatice!!

domingo, 18 de novembro de 2012

O estado a que chegámos





Humorzinho ordinário



O cartaz de "candidato" poderia acrescentar "por metade do ordenado".
Subtilmente vai-se depreciando a acção colectiva (a manifestação, a associação dos trabalhador por melhores condições de trabalho), passa-se a ideia de que cada um deve olhar para si mesmo e manter a "bola baixa" porque o importante é ter trabalho.
Mais genericamente este é justamente um dos efeitos esperados da austeridade (e na verdade assumidos pela Troika) - baixar os salários através da fragilização do papel do factor trabalho.
Repugnante.

Sim, os fundos estruturais foram mesmo o nosso maior problema


Da adequação da acção policial

                                Foto de Nuno Botelho

                                 Foto de Tiago Miranda
                                 Foto de Rafael Marchante (no Cais do Sodré)

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Ecos da greve geral

Depois de um dia de greve geral, pela 1ª vez organizada em vários países europeus simultaneamente, que era uma greve também de propostas (e não meramente de protesto como ouvi ao execrável João Proença da UGT), a única coisa que vi nas capas de jornais de hoje foram os aspectos violentos que um conjunto de arruaceiros provocaram depois de terminada a manifestação propriamente dita.

Sem estar a defender a  violência, que é sempre lamentável, este acentuar noticioso de aspectos laterais penso não ser inocente.



Em Espanha houve também greve, manifestações e alguma violência à margem das manifestações. Vejam como são noticiadas no El Pais...