quarta-feira, 23 de abril de 2014

Adoro quando os privilegiados falam das suas dificuldades, achando que estamos todos no mesmo patamar

Mas este artista quer dizer o quê?
In jornal i de 23 de Abril de 2014
Este senhor, que é irmão do Marcelo Rebelo de Sousa, fez desde o nascimento, parte da elite do país. Estudou nas melhores escolas, nunca lhe faltou nada (e fico contente por ele) e naturalmente quando terminou o seu curso (licenciados era coisa raríssima no seu tempo - infinitesimalmente mais rara que hoje) certamente teve que procurar emprego.
Entretanto, passou por várias empresas do país, presidiu a bancos e hoje, onde o vulgar cidadão da sua idade é reformado com pensões em quebra acelerado, o senhor mantém-se activo, bem montado num lugar dourado (diria de memória que na CGD).
A comparação que esta fase encerra é

  1. absurda, tendo em atenção que hoje vivemos num mundo estruturalmente diferente do do jovem Rebelo de Sousa, 
  2. insultuosa para a esmagadora maioria das pessoas da sua idade, que quando procuraram emprego o fizeram com muito menos armas do que ele próprio, 
  3. e agressiva para as gerações mais jovens, genericamente muito mais capazes que a sua própria, e que "comem o pão que o diabo amassou" para sobreviver.

Esta gente não tem noção nenhuma da decência.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

É inacreditável ao que chegámos, para as coisas serem postas nestes termos

In JN de 16 de Abril de 2014

Cortes de 1.400 milhões já são tidos como suaves.

O essencial destes cortes é em despesas dos ministérios o que de duas uma: ou  muitos serviços públicos vão ver o seu funcionamento fortemente condicionado (ainda mais), ou antes de racionalizar o funcionamento do Estado o governo preferiu cortar em pensões, por exemplo (relembro que o último corte tem um efeito de menos de 200 milhões de euros/ano....).

Por ouro lado, acho fantástico que toda a gente dê  já como certo cortes adicionais nos salários e pensões e/ou cortes definitivos.

É revoltante.