sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Na linha da frente da estupidez

In Publico de 15 de Outubro de 2013

Guião da... ah ah ah!

In DN de 15 de Outubro de 2013

O assalto continua

In Diário Económico de 25 de Outubro de 2013
Os reformado, esses malandros que têm que se postos na ordem, os despesistas.

O empresário Álvaro Costa dá o exemplo


Este senhor, um pequeno empresário que se meteu com swaps, interpoz uma acção em tribunal contra o BBVA e...... ganhou.

O Estado, andou a assinar acordozinhos para a pancada dos swaps ser menor, e relativamente ao banco que mais engazupou, o Santander, não houve acordo, e portanto continuamos alegremente a pagar do bolso de todos esta vigarice.

Porque motivo o Estado, ou qualquer das empresas públicas envolvidas neste escândalo, não segue o exemplo deste cidadão? Têm medo de quê?

Ainda um dia alguém haverá de explicar (espero).

O animal feroz está de volta....

É verdadeiramente incrível o impacto que esta personagem continua a ter.

Sempre fui muito crítico de Sócrates, que acho que fez um montão de asneiras. No entanto, não alinho do discurso de dizer que o estado em que estamos foi culpa dele: também foi, mas a origem está muito mais atrás e até diria que o seu contributo foi  relativo. O seu problema foi sobretudo a permeabilidade a todo o tipo de interesses (grandes) que vivem e sempre viveram à sombra do Estado - que aliás justificam as asneiras das PPP, a capitulação do memorando depois de falar com a Banca, as rendas na energia, etc.

Mas acho que tinha um par de ideias para o país (coisa que esta gente que governa actualmente não tem) algumas delas corretas, embora pouco amadurecidas.

De qualquer modo, este impacto mediático deixa-me perplexo.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

O fiasco

Le Figaro de 21 de Outubro de 2013
A história corre a imprensa internacional e conta-se em duas penadas: dois jovens imigrantes ciganos em França (uma rapariga e um rapaz, se a memória não me falha) foram expulsos por estarem ilegais no país.
Os jovens adolescentes eram bons alunos, estavam bem integrados, e a decisão causou um mau estar tal que no final da passada semana houve manifestações dos colegas em Paris contra a mesma.

Encostados a uma realidade complexa relacionada com a integração dos ciganos, o socialista (?) governo francês de Hollande cavalga um populismo xenófobo e racista, possivelmente em reacção à subida de popularidade da Frente Nacional.

Estes taticismos de merda têm vários problemas, de que destacaria (assim de repente, sem pensar muito):
1. Esta decisão afecta pessoas concretas, que nada fizeram para ver a sua vida e o seu futuro condicionados desta maneira. Quando um político esquece pessoas, não merece sê-lo.
2. A política de expulsão de imigrantes é por princípio nojenta, e mais ainda quando é cega.
3. Uma política de expulsão à Sarkozy é incompatível com um partido que se queira dizer socialista.
4. Sempre que a esquerda dita moderada tenta ultrapassar em certos temas populistas a direita pela direita, lixa-se com f maiúsculo. A história está cheia de casos e muito mal deve andar a ser aconselhado Hollande para não perceber isto.

Cavaco alinhado com o governo? Que raio de ideia.

In Publico de 21 de Outubro de 2013

Mas Portas não falava em não haver mais sacrifícios?

In Jornal de Negócios de 21 de Outubro de 2013
... e na protecção dos mais desprotegidos?

Uma breve nota por mais uma manifestação, cheia de gente e cheia de civismo

In Publico de dia 20 de Outubro de 2013

A prova de que foi um sucesso está na reacção incomodada que se verificou generalizadamente à direita, e a indisposição que provocou numa boa parte do PS.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

A habilidade tristemente habitual

In Público de 17 de Outubro de 2013
Esta é uma jogada tristemente célebre e brutal para as finanças públicas: o Estado encaixa subsistemas de saúde (ou fundos de pensões), encaixa no ano da transição valores financeiros disponíveis no susbistema, que geram um brilharete imediato, e encaixa também responsabilidades futuras, elevadíssimas habitualmente, e por muitos e longos anos.

Esta é talvez a principal razão da pressão que existe sobre as contas da segurança social.

Fazê-lo numa empresa em venda significa passar directamente os custos do financiamento futuro do subsistema de saúde dos bolsos do comprador para os bolsos dos contribuintes.

Num orçamento brutal como o que foi anunciado esta semana, isto é de um despudor difícil de conceber.

Quando a austeridade é excessiva, a malta começa a ficar "chatinha"

In Correio da Manhã de 17 de Outubro de 2013

In DN de 17 de Outubro de 2013

E eu até acho que é muito pouco chata. Se fossem noticiar todos os excessos .....

No meio da tempestade uma nota trágico-cómica

In DN de dia 16 de Outubro de 2013
Se nos pomos de cócoras, cagam-nos em cima.
ou
É o que dá andar a bajular ditadores.

Orçamento vergonhoso

In DN de 16 de Outubro de 2013
Completamente irrealista do ponto de vista dos objectivos, brutal do ponto de vista social, a continuação do ataque ao trabalho.
E o mais grave: não servirá para nada. Daqui a um ano estaremos pior que hoje.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Cortes nas pensões - 2 visões sobre a mesma realidade e uma perspectiva curiosa

In Jornal i de 14 de Outubro de 2013

Muito curioso como o mesmo tema pode ser apresentado sob perspectivas completamente distintas.

Na minha opinião qualquer corte de pensões do regime contributivo (como é o caso) será sempre uma imoralidade - um roubo na verdade - porque o que os reformados descontaram previa a possibilidade de atribuir pensões de sobrevivências às viúvas/viúvos.
In JN de 14 de Outubro de 2013



Claro que o limite de que agora se fala é preferível a não haver limite nenhum, mas o que muda é a dimensão do roubo, não o carácter da medida.

Paulo Portas pode tentar fazer as piruetas que quiser, e até admito que mais uma vez sobreviva a isto, mas que a história da linha vermelha era uma aldrabice, isto prova que era.

Para além do mais, é agora que se torna evidente que afinal o PP (e Portas) sempre concordaram com tudo o que foi acontecendo, e apenas assobiavam para o lado para que o odioso ficasse no Gaspar, em Passos e no PSD.
Agora, a máscara cai, e a miséria da dirietinha reaça torna-se impossível de esconder.

Para finalizar, a projecção de um cenário que vale mais do que 1000 palavras.

In Dn de 14 de Outubro de 2013

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Pt/Oi - o governo garante mas é o c...

In Sapo, 2 de Outubro de 2013

É à maneira da Cimpor com certeza.

Com esta bela medida ganham certamente os accionistas, pelo menos no curto prazo.

No entanto, o país perde claramente um importante centro de decisão (e quem acha o contrário é inconsciente), perde o domínio de uma das maiores empresas nacionais, num sector estruturante de toda a economia e perdem evidentemente os trabalhadores em Portugal que sofrerão uma reestruturação da empresa na qual serão evidentemente sacrificados.

Viva a selvajaria de mercado. Que se foda o país.

Da estupidez de meter limites ao défice na lei

Há uns meses  houve um debate em Portugal  sobre a colocação de um limite ao défice na Constituição. Felizmente na altura o PS não embarcou.

A imbecilidade torna-se evidente nos Estados Unidos. Uma limitação baseada neste tipo de princípios  ameaça criar uma crise completamente artificial e desnecessária, mas que terá aliás efeitos muito reais e que afectarão não apenas  dos Estados Unidos.

Espero que o bom senso venha a imperar.

Num sector que se dizia de referência em Portugal

In Publico de hoje

Inadaptação e despedimentos

Bartoon de há uns dias atrás no Público

terça-feira, 1 de outubro de 2013

A morte saiu à rua

Hoje ouvi esta música do Zeca Afonso na rádio, uma música de que gosto muito.

A letra:

A Morte Saiu À Rua
José Afonso

A morte saiu à rua num dia assim
Naquele lugar sem nome pra qualquer fim
Uma gota rubra sobre a calçada cai
E um rio de sangue dum peito aberto sai

O vento que dá nas canas do canavial
E a foice duma ceifeira de Portugal
E o som da bigorna como um clarim do céu
Vão dizendo em toda a parte o pintor morreu

Teu sangue, Pintor, reclama outra morte igual
Só olho por olho e dente por dente vale
À lei assassina à morte que te matou
Teu corpo pertence à terra que te abraçou

Aqui te afirmamos dente por dente assim
Que um dia rirá melhor quem rirá por fim
Na curva da estrada há covas feitas no chão
E em todas florirão rosas duma nação