sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Repugnante

In jornal Sol de 17 de Outubro de 2014
Apesar do meu coração bater à esquerda, não nutro uma especial simpatia pelo António Costa, que não acredito ter varinhas de condão, e pior, nem ideias, para salvar esta pobre pátria à beira mar plantada.

E também sei que a malta do PSD ficou um bocado aflita com a saída do chóninhas Seguro, substituído por um tipo que dá minimamente luta e que, em face da porcaria que andaram a fazer durante estes anos, verá provavelmente o poder cair-lhe ao colo.

Mas este título do Sol é de um despropósito que me impressiona.
Sendo certo que somos um país de racistas, colocar a cor da pele do Costa como tema de discussão sobre eventuais vantagens e desvantagens choca-me. Mas o problema deve ser meu...

É sugar até ao fim. Há coisas em que não pode faltar dinheiro.

In i de 17 de Outubro de 2014

Da estirpe moral de quem nos governa

In Público de 18 de Outubro de 2014

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Do ajarvadamento institucional

In Publico de 4 de Junho de 2014
Na sua linha habitual este governo vai sempre mais longe quando achamos que já bateu no fundo.

Como se não bastasse andar a fazer por sistema orçamentos que sabem estarem nos limites ou para lá dos limites da Constituição, após o n-ésimo chumbo constitucional o governo achou por bem pedir contas ao Tribunal Constitucional pela decisão que tomou.

Aproxima-mo-nos perigosamente da república das bananas.

PS:
1. É bom lembrar mais uma vez que os juízes do Constitucional, essa perigosa esquerdalha, foram todos nomeados pelo PSD e pelo PS.....
2. Acho maravilhoso os comentadores de serviço que dizem que este chumbo põe em causa as metas comprometidas pelo DEO.
Defendem assim que a constituição deve submeter-se aos ditames de um documento assinado com os nossos amigos credores, e que define o modelo de governo para o país. Lindo.

Ó freguesa, é prá acabar!!!

In Diário Económico de 4 de Junho de 2014

Uma síntese perfeita do que a direita pensa da crise do PS

In Diabo de 4 de Junho de 2014

O respeitinho na imprensa é uma coisa linda


Estas são as capas de alguns jornais espanhóis de ontem.

Na sequência do anuncio da renuncia do Rei D. Juan Carlos ao trono de Espanha, abdicando para o seu filho, surgiu no próprio dia um conjunto de manifestações em várias cidades espanholas, organizadas através das redes sociais, pedindo que se referende a própria monarquia.

Sendo certo que qualquer regime procura perpetuar-se e não se questiona com facilidade, não é menos certo que esta reacção só é possível por haver desconforto por parte de parte de boa parte da população relativamente ao regime - claro que em Espanha o processo de transição muito mal resolvido contribui certamente para este mau estar latente.

De qualquer, modo o que me impressionou foi o respeitinho com que a principal imprensa local tratou a instituição monárquica, não havendo no dia seguinte uma referencia nas primeiras páginas às manifestações quase espontaneamente contra a monarquia.

A liberdade de imprensa é linda...

Selfies, futebol e alienação nacional

In Correio da Manha de 3 de Junho de 2014

Naturalmente o PR que gosta de passar por homem de estado, e sempre achou estar acima da pequena política, não vê nisto qualquer problema.

Não fosse o Meireles a dar dignidade ao momento...

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Como é que conseguirão esta redução?

In jornal i de 2 de Maio de 2014

Ou prevêem despedimentos que não anunciam, ou a famosa tabela única da função pública vai fazer os cortes permanentes que eles dizem que não existirão, e que até vendem que querem repor a prazo.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Adoro quando os privilegiados falam das suas dificuldades, achando que estamos todos no mesmo patamar

Mas este artista quer dizer o quê?
In jornal i de 23 de Abril de 2014
Este senhor, que é irmão do Marcelo Rebelo de Sousa, fez desde o nascimento, parte da elite do país. Estudou nas melhores escolas, nunca lhe faltou nada (e fico contente por ele) e naturalmente quando terminou o seu curso (licenciados era coisa raríssima no seu tempo - infinitesimalmente mais rara que hoje) certamente teve que procurar emprego.
Entretanto, passou por várias empresas do país, presidiu a bancos e hoje, onde o vulgar cidadão da sua idade é reformado com pensões em quebra acelerado, o senhor mantém-se activo, bem montado num lugar dourado (diria de memória que na CGD).
A comparação que esta fase encerra é

  1. absurda, tendo em atenção que hoje vivemos num mundo estruturalmente diferente do do jovem Rebelo de Sousa, 
  2. insultuosa para a esmagadora maioria das pessoas da sua idade, que quando procuraram emprego o fizeram com muito menos armas do que ele próprio, 
  3. e agressiva para as gerações mais jovens, genericamente muito mais capazes que a sua própria, e que "comem o pão que o diabo amassou" para sobreviver.

Esta gente não tem noção nenhuma da decência.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

É inacreditável ao que chegámos, para as coisas serem postas nestes termos

In JN de 16 de Abril de 2014

Cortes de 1.400 milhões já são tidos como suaves.

O essencial destes cortes é em despesas dos ministérios o que de duas uma: ou  muitos serviços públicos vão ver o seu funcionamento fortemente condicionado (ainda mais), ou antes de racionalizar o funcionamento do Estado o governo preferiu cortar em pensões, por exemplo (relembro que o último corte tem um efeito de menos de 200 milhões de euros/ano....).

Por ouro lado, acho fantástico que toda a gente dê  já como certo cortes adicionais nos salários e pensões e/ou cortes definitivos.

É revoltante.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Mas alguém acha isto normal?

In Público de 13 de Março de 2014

Pelos vistos Cavaco só gosta dos conselheiros que estiverem de acordo consigo.

terça-feira, 11 de março de 2014

Afinal há consenso...

... não é no que o presidente Cavaco quer, nem com os actores actuais do PS e PSD...

In Público de 11 de Março de 2014

domingo, 16 de fevereiro de 2014

O desinvestimento pode ser mortal

In JN de 16 de Fevereiro de 2014


E não é exagero. Como consequência dor cortes cegos, estamos placidamente a assistir ao regresso de problemas que julgávamos terem ficado para trás...

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Da irresponsabilidade governativa

In Jornal i de dia 15 de Janeiro de 2014

Na mesma semana em que o governo vende a uns aventureiros chineses 30% do mercado segurador nacional, em mais uma venda que coloca nas mãos de terceiros o interesse do país...
In Jornal de Negócios de 15 de Janeiro de 2014









... cria as condições para ser privatizada e explorada por privados a provisão de um bem básico à sobrevivência (literalmente).

Sob que estranho prisma pode a água não ser vista como um activo estratégico?
(talvez sob o prisma de gente tão condicionada pela ideologia e pelos interesses que deixou de ver as evidencias mais básicas - sob o prisma de gente que ensandeceu).

O esbulho do funcionário público

In Jornal de Negócios de 15 de Janeiro de 2014

Isto é inadmissível...

É bom não esquecer que a saúde é um grande negócio


In DN de dia 15 de Janeiro de 2014
E o abardinamento do serviço público uma das chaves para convencer clientes a visitar as estruturas privadas que têm crescido a olhos vistos e têm que ser rentabilizadas.
Isto e o encarecer o serviço público com  taxas moderadoras que começam a ser claramente exageradas.

Até que enfim alguém que não acha o Zeinal um génio

In Expresso de 11 de Janeiro de 2014
Isto vindo de alguém que este na casa tem peso, e parece-me uma evidência.~

Claro que para o accionista e no curto prazo a opção do Zeinal Bava de fusão é justificável e menos arriscada, mas também por isso pequena.

Medo, tenham muito medo

Expresso de 11 de Janeiro de 2014

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Esta é também a diferença entre o governo de Portugal e o da Grécia...

In Jornal i de 7 de Janeiro de 2014
... na verdade entre o governo de Portugal e dos outros países todos do Sul: enquanto os outros tentam proteger minimamente os interesses do país, o nosso governo procura a obediência cega.
Onde os outros afirmam a sua dignidade, nós bajulamos os eurodeputados, nas esperança que reconheçam o nosso bom comportamento.
Lamentável.

E assim se vai desmontando alegremente um Estado

In DN de 7 de Janeiro de 2014
Até nestas áreas policiais, onde a direita mais reaça costuma ter algum empenho, estão a ficar ao abandono.
Subordina-se tudo à obediência aos ditames externos da redução do Estado, do ataque aos funcionários públicos(e trabalho em geral), sejam quais forem...