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Le Figaro de 21 de Outubro de 2013 |
A história corre a imprensa internacional e conta-se em duas penadas: dois jovens imigrantes ciganos em França (uma rapariga e um rapaz, se a memória não me falha) foram expulsos por estarem ilegais no país.
Os jovens adolescentes eram bons alunos, estavam bem integrados, e a decisão causou um mau estar tal que no final da passada semana houve manifestações dos colegas em Paris contra a mesma.
Encostados a uma realidade complexa relacionada com a integração dos ciganos, o socialista (?) governo francês de Hollande cavalga um populismo xenófobo e racista, possivelmente em reacção à subida de popularidade da Frente Nacional.
Estes taticismos de merda têm vários problemas, de que destacaria (assim de repente, sem pensar muito):
1. Esta decisão afecta pessoas concretas, que nada fizeram para ver a sua vida e o seu futuro condicionados desta maneira. Quando um político esquece pessoas, não merece sê-lo.
2. A política de expulsão de imigrantes é por princípio nojenta, e mais ainda quando é cega.
3. Uma política de expulsão à Sarkozy é incompatível com um partido que se queira dizer socialista.
4. Sempre que a esquerda dita moderada tenta ultrapassar em certos temas populistas a direita pela direita, lixa-se com f maiúsculo. A história está cheia de casos e muito mal deve andar a ser aconselhado Hollande para não perceber isto.