É que, ao que parece, essa foi uma condições para os Espanhóis e Italianos viabilizarem as decisões do Conselho Europeu desta semana (mais uma vez antecedido de uma reunião desta vez a 4 - Alemanha, França, Espanha e Itália) onde as decisões são cozinhadas. Muito democrático...
Dos 78 mil milhões do plano para Portugal, julgo que 10 estariam destinados a estas ajudas (se não me falha a memória). Não deveriam também para nós deixar de contar para o défice?
O presidente da Comissão, um tal de Durão Barroso, que as más línguas dizem ser português, já veio esclarecer que o caso português é diferente porque se trata de um plano que já está a decorrer... inacreditável o posicionamento deste gajo !!!!
sexta-feira, 29 de junho de 2012
Mas alguém acredita nisto?
Há anos e anos que a construção europeia é feita nas costas dos povos, sendo neste aspecto Portugal um dos exemplos mais paradigmáticos.
Mas alguém nos consultou antes de assinar o Tratado de Maastrich? ou de decidir aderir ao Euro? ou de assinar o Tratado de Lisboa? ou de meter cá a Troika?
Mas alguém nos consultou antes de assinar o Tratado de Maastrich? ou de decidir aderir ao Euro? ou de assinar o Tratado de Lisboa? ou de meter cá a Troika?
quinta-feira, 28 de junho de 2012
O Poema Pouco Original do Medo
O medo vai ter
tudo
pernas
ambulâncias
e o luxo blindado
de alguns automóveis
Vai ter olhos onde ninguém os veja
mãozinhas cautelosas
enredos quase inocentes
ouvidos não só nas paredes
mas também no chão
no teto
no murmúrio dos esgotos
e talvez até (cautela!)
ouvidos nos teus ouvidos
O medo vai ter tudo
fantasmas na ópera
sessões contínuas de espiritismo
milagres
cortejos
frases corajosas
meninas exemplares
seguras casas de penhor
maliciosas casas de passe
conferências várias
congressos muitos
óptimos empregos
poemas originais
e poemas como este
projectos altamente porcos
heróis
(o medo vai ter heróis!)
costureiras reais e irreais
operários
(assim assim)
escriturários
(muitos)
intelectuais
(o que se sabe)
a tua voz talvez
talvez a minha
com a certeza a deles
Vai ter capitais
países
suspeitas como toda a gente
muitíssimos amigos
beijos
namorados esverdeados
amantes silenciosos
ardentes
e angustiados
Ah o medo vai ter tudo
tudo
(Penso no que o medo vai ter
e tenho medo
que é justamente
o que o medo quer)
O medo vai ter tudo
quase tudo
e cada um por seu caminho
havemos todos de chegar
quase todos
a ratos
Sim
a ratos
Alexandre O'Neill
pernas
ambulâncias
e o luxo blindado
de alguns automóveis
Vai ter olhos onde ninguém os veja
mãozinhas cautelosas
enredos quase inocentes
ouvidos não só nas paredes
mas também no chão
no teto
no murmúrio dos esgotos
e talvez até (cautela!)
ouvidos nos teus ouvidos
O medo vai ter tudo
fantasmas na ópera
sessões contínuas de espiritismo
milagres
cortejos
frases corajosas
meninas exemplares
seguras casas de penhor
maliciosas casas de passe
conferências várias
congressos muitos
óptimos empregos
poemas originais
e poemas como este
projectos altamente porcos
heróis
(o medo vai ter heróis!)
costureiras reais e irreais
operários
(assim assim)
escriturários
(muitos)
intelectuais
(o que se sabe)
a tua voz talvez
talvez a minha
com a certeza a deles
Vai ter capitais
países
suspeitas como toda a gente
muitíssimos amigos
beijos
namorados esverdeados
amantes silenciosos
ardentes
e angustiados
Ah o medo vai ter tudo
tudo
(Penso no que o medo vai ter
e tenho medo
que é justamente
o que o medo quer)
O medo vai ter tudo
quase tudo
e cada um por seu caminho
havemos todos de chegar
quase todos
a ratos
Sim
a ratos
Alexandre O'Neill
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Acabou o circo, a selecção portou-se bem, vamos voltar ao país real
Os rapazes portaram-se bem e tal.... agora vamos ver se a malta aterra, e começa a olhar para o que realmente é decisivo.
terça-feira, 26 de junho de 2012
Arnault, a administração da REN e a falta de vergonha
A austeridade está a servir para um conjunto de gente resolver para sempre a sua vidinha.
Onde até aqui havia nomeações que duravam o tempo dos mandatos governativos dos amigos, agora há vendas do património público que dão acesso a lugares bem pagos para toda a vida.
A mer## da elite nacional no seu pior.
Onde até aqui havia nomeações que duravam o tempo dos mandatos governativos dos amigos, agora há vendas do património público que dão acesso a lugares bem pagos para toda a vida.
A mer## da elite nacional no seu pior.
quarta-feira, 20 de junho de 2012
Só param quando não houver lei do trabalho
Começa a meter nojo a forma como o poder vigente continua a bater na mesma tecla: mas ainda alguém acha que o problema da economia portuguesa e do desemprego é a lei laboral?
É bom lembrar que no final do século passado o desemprego era de 4% e a lei era bem menos flexível do que hoje.
Estes camelos continuam a achar que quando uma receita não funciona o problema não é da receita mas da dose com que é aplicada, Até quando? Até nivelarmos o salário com a China? Até voltarmos às condições de trabalho da era industrial? Até voltarmos aos servos da gleba?
É bom lembrar que no final do século passado o desemprego era de 4% e a lei era bem menos flexível do que hoje.
Estes camelos continuam a achar que quando uma receita não funciona o problema não é da receita mas da dose com que é aplicada, Até quando? Até nivelarmos o salário com a China? Até voltarmos às condições de trabalho da era industrial? Até voltarmos aos servos da gleba?
Uma das razões porque nunca serei de direita...
... é que a malta de direita tem habitualmente muita dificuldade em se colocar na posição do outro.
O Abc, um jornal da direita espanhola (e em Espanha as tendências editoriais são claras como a água) traz para título de 1ª página a revolta dos mineiras das Astúrias, com esta curiosa abordagem: "pedradas em defesa de um sector sem futuro".
Até pode ser verdade que as minas não tenham futuro (desconheço os detalhes para saber opinar), mas as pedradas significam a defesa de um emprego, de um modo de vida, das famílias que são suportadas pelas minas, de um futuro. E isso devia ser motivo de respeito, de análise séria dos problemas, de procura de soluções para esta gente. E não de crítica, de chacota, acompanhada da célebre teoria da selva, em que cada um deve fazer por si.
A direita abomina a acção colectiva porque tem medo dela. É o maior perigo ao seu modelo de sociedade baseado no individualismo exacerbado, na acção egoísta e atomizada, na assumpção das desigualdades como um facto da vida, e numa visão conformistas da realidade.
O Abc, um jornal da direita espanhola (e em Espanha as tendências editoriais são claras como a água) traz para título de 1ª página a revolta dos mineiras das Astúrias, com esta curiosa abordagem: "pedradas em defesa de um sector sem futuro".
Até pode ser verdade que as minas não tenham futuro (desconheço os detalhes para saber opinar), mas as pedradas significam a defesa de um emprego, de um modo de vida, das famílias que são suportadas pelas minas, de um futuro. E isso devia ser motivo de respeito, de análise séria dos problemas, de procura de soluções para esta gente. E não de crítica, de chacota, acompanhada da célebre teoria da selva, em que cada um deve fazer por si.
A direita abomina a acção colectiva porque tem medo dela. É o maior perigo ao seu modelo de sociedade baseado no individualismo exacerbado, na acção egoísta e atomizada, na assumpção das desigualdades como um facto da vida, e numa visão conformistas da realidade.
sexta-feira, 15 de junho de 2012
terça-feira, 12 de junho de 2012
A coisa está a ficar tremida
.... e os Estados continuam alegremente a salvar um sector pejado de aventureiros, com base na massa dos contribuintes, e sem que se lhes exija nada em troca.
segunda-feira, 11 de junho de 2012
A confiança espanhola
Nem sequer se admite a possibilidade do Nadal não ganhar. Ficou só adiada a vitória por causa da chuva.
sexta-feira, 8 de junho de 2012
Quem se mete com o Passos leva
O Relvas deve ter pensado:
"Vejam bem o bispo a armar-se em esperto e a criticar o governo. Espera que já te lixo.
A melhor defesa é o ataque: vamos arranjar alguma coisa que assassine o carácter do gajo publicamente. O que é que os gajos das secretas terão?"
E o Correio da Manhã prestou-se a ser lacaio do governo. O gajo do jornal que fez este frete (que não faço ideia quem seja) terá certamente o seu futuro garantido. Mas foi uma rameira e transformou o sítio onde trabalha numa casa de alterne (eventualmente todos os jornais o serão um pouco, mas neste caso é demasiado evidente).
"Vejam bem o bispo a armar-se em esperto e a criticar o governo. Espera que já te lixo.
A melhor defesa é o ataque: vamos arranjar alguma coisa que assassine o carácter do gajo publicamente. O que é que os gajos das secretas terão?"
E o Correio da Manhã prestou-se a ser lacaio do governo. O gajo do jornal que fez este frete (que não faço ideia quem seja) terá certamente o seu futuro garantido. Mas foi uma rameira e transformou o sítio onde trabalha numa casa de alterne (eventualmente todos os jornais o serão um pouco, mas neste caso é demasiado evidente).
A extinção do IGCP, a empresa proibida e a melhoria da ração do Rato
De acordo com o DN, o ministério do austero mor, o ministro Gaspar, acaba de extinguir o IGCP, nos últimos anos tornado muito mediático pelo stress à volta da emissão de dívida pública.
Em seu lugar surge uma empresa pública - contrariando a orientação da Troika que proibia a criação de novas empresas públicas - com o consequente ajustamento em alta do salário do líder, João Moreira Rato (passa a receber o mesmo que o PM), que transita da presidência do IGCP e que tem no seu curriculum passagens pela Morgan Stanley, Lehman Brothers e Goldman Sachs.
Isto está a saque!!!
Metam o discurso dos sacrifícios onde melhor lhes aprouver...
Em seu lugar surge uma empresa pública - contrariando a orientação da Troika que proibia a criação de novas empresas públicas - com o consequente ajustamento em alta do salário do líder, João Moreira Rato (passa a receber o mesmo que o PM), que transita da presidência do IGCP e que tem no seu curriculum passagens pela Morgan Stanley, Lehman Brothers e Goldman Sachs.
Isto está a saque!!!
Metam o discurso dos sacrifícios onde melhor lhes aprouver...
quarta-feira, 6 de junho de 2012
Medida para enganar papalvos
Aí está uma medida parva que pretende dar a entender ao papalvo que ninguém foge ao fisco.
Não tendo números estatísticos, estou absolutamente convencido que a esmagadora maioria dos carros que circulam nas nossas estradas e que custam mais de 50.000 euros não são propriedade de particulares mas de empresas, ou ainda mais provavelmente de empresas de renting.
Ou seja, isto parece-me claramente uma medida para o povo ver, mas de efeitos práticos muito limitados.
Não tendo números estatísticos, estou absolutamente convencido que a esmagadora maioria dos carros que circulam nas nossas estradas e que custam mais de 50.000 euros não são propriedade de particulares mas de empresas, ou ainda mais provavelmente de empresas de renting.
Ou seja, isto parece-me claramente uma medida para o povo ver, mas de efeitos práticos muito limitados.
Lógica de ferro
As melhores escolas podem contratar professores para ficarem cada vez melhores e as piores cada vez piores. Estes tipos são um espectáculo. É o espírito da selva aplicado a tudo.
terça-feira, 5 de junho de 2012
segunda-feira, 4 de junho de 2012
Saem mais 5M dos bolsos do Zé pagante para os bancos
Recomendo vivamente a leitura desta comunicação do ministro das finanças sobre o refinanciamento do BPI e BCP.
A intervenção é bem à medida dos donos dos bancos, com o Estado a meter o dinheiro e a não poder opinar sobre nada do que banco que ajuda a salvar faça. Isto é que é ser amigo. É pena é serem-no à custa dos nossos impostos e sacrifícios.
É pena também que para os cidadãos não exista esta benevolência, esta capacidade de ajudar num momento difícil.
Destaco ainda este momento de prosa:
"O BCP e o BPI acordaram condições com vista a assegurar a proteção dos contribuintes, titulares
últimos dos dinheiros públicos aplicados nas recapitalizações destes bancos, e apoiar a economia
portuguesa, em particular no que se refere a continuar a assegurar o financiamento das famílias e
das empresas."
Como estamos entre gente honrada, nada mais é necessário do que a palavra.
E mais adiante: "O BCP e o BPI comprometeram-se ainda cada um a consignar pelo menos 30
milhões de euros por ano para investimento no capital de pequenas e médias empresas
portuguesas."
30 milhões por ano em 3.000 e 1.500 milhões, respectivamente? É a doideira.
E se os bancos finalmente não pagam e o empréstimo "vira" capital imagine-se em que estado estará a instituição - e quanto haverá mais para enterrar.....
A intervenção é bem à medida dos donos dos bancos, com o Estado a meter o dinheiro e a não poder opinar sobre nada do que banco que ajuda a salvar faça. Isto é que é ser amigo. É pena é serem-no à custa dos nossos impostos e sacrifícios.
É pena também que para os cidadãos não exista esta benevolência, esta capacidade de ajudar num momento difícil.
Destaco ainda este momento de prosa:
"O BCP e o BPI acordaram condições com vista a assegurar a proteção dos contribuintes, titulares
últimos dos dinheiros públicos aplicados nas recapitalizações destes bancos, e apoiar a economia
portuguesa, em particular no que se refere a continuar a assegurar o financiamento das famílias e
das empresas."
Como estamos entre gente honrada, nada mais é necessário do que a palavra.
E mais adiante: "O BCP e o BPI comprometeram-se ainda cada um a consignar pelo menos 30
milhões de euros por ano para investimento no capital de pequenas e médias empresas
portuguesas."
30 milhões por ano em 3.000 e 1.500 milhões, respectivamente? É a doideira.
E se os bancos finalmente não pagam e o empréstimo "vira" capital imagine-se em que estado estará a instituição - e quanto haverá mais para enterrar.....
Ascenção e queda
Estas notícias têm sempre algo de profundamente deprimente....
... além do mais, este deve ser o problemas mais importante do país para ser a principal manchete de um jornal diário....
... além do mais, este deve ser o problemas mais importante do país para ser a principal manchete de um jornal diário....
sexta-feira, 1 de junho de 2012
Mais uma asneira
Nada como apostar numa infra-estrutura a rebentar pelas costuras, com os riscos de estar no meio de uma grande cidade e que, mesmo com melhoras, deverá estar esgotada em 10 anos.
A não ser claro que se preveja vender a Tap à Ibéria/British ou à Lufthansa. Nesse cenário nem vale a pena aumentar a capacidade actual....
Subscrever:
Mensagens (Atom)