terça-feira, 23 de julho de 2013

Contratações na educação e destruição do Estado Social

In DN de hoje
A educação pública, gratuita, generalizada e de elevada qualidade, é uma das peças essenciais para se ter no longo prazo uma sociedade mais decente e mais igual, e uma economia mais desenvolvida.

Um dos objectivos claros deste governo é justamente dar uma machadada no ensino público, sendo esta notícia só mais um triste sinal, que acompanha as medidas de redução de professores, o aumento de alunos por turma e o aumento do apoio ao ensino privado. O golpe final virá se conseguirem implementar a estafada ideia do cheque ensino.
Uma coisa é certa:o caminho trilhado tem sido o da degradação progressiva do ensino público.

A minha geração (nasci pouco antes da revolução de Abril) é a da generalização do ensino, dos filhos da porteira que entraram na universidade (e mal ou bem ascenderam socialmente face à geração anterior), da coexistência sobre um mesmo espaço de aprendizagem do filho do médico e do servente de obra, a geração da filha da doméstica que fez um doutoramento nos Estados Unidos, e é dos maiores especialistas numa qualquer área do saber.
Pese embora  as condições de partida nunca nos tornassem iguais, a verdade é que tinjamos a sensação que o futuro não tinha portas fechadas em função da nossa origem.

Degradando a escola pública promove-se o ensino privado de elite - de que as elites tanto gostam - mas reduz-se brutalmente a diversidade e a escala dos que podem ir longe, promovendo-se fatalmente a mediocridade.

Tenho pena que os meus filhos possam não conhecer a escola que conheci (com todos os enormes defeitos que tinha). Nos últimos anos aliás a qualidade havia evoluído  muitíssimo face ao que vivi.
Perder isto é uma tristeza.
Para o país é uma calamidade.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

A esta hora já sabemos que não há acordo



... e por um momento este xóninhas não me pareceu tão xóninhas.

A entrada de D. Manuel Martins

A entrada do D. Manuel Martins na diocese de Lisboa tem sido, com grande pena minha, uma má entrada.

Depois de uma primeira missa onde compareceu a fina flor da politica à direita - o que é sempre um pouco excêntrico num estado sem religião - e dos aplausos à entrada desta gentinha, dos quais o senhor obviamente não tem culpa, D. Manuel decide dar uma entrevista - e aqui já tem responsabilidade.

Num momento destes achou por bem ir defender um acordo entre os partidos (suponho que falará da "salvação nacional). Como está a falar como patriarca fico com vontade de dizer "a César o que é de César", sr. padre.

Depois fala da dois pesos e duas medidas ao falar da sexualidade da igreja. A questão D. Manuel é que esta dualidade existe porque a própria igreja a fomenta, nomeadamente com a manutenção do celibato dos padres e com uma posição de princípio condenatória relativamente aos homossexuais - neste particular consta que o actual papa pensa de forma claramente diferente, honra lhe seja feita.
Com estas posições de princípio, D. Manuel não pode esperar que exista permissividade para com os aos padres, porque se forem estritos seguidores das orientações mais tradicionais pregam justamente a inadmissibilidade dessa permissividade.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Porque o blogger tem uma ligação especial a esta cidade


A quem interessa que nada mude.....


Isso mesmo, à direita mais rançosa, a pesudo-elite da influencia, do poder, dos jogos de bastidores, das negociatas, de Cavaco, .... enfim, quem nos enfiou neste buraco.
É a esta gente que interessam as salvações nacionais.
É a esta gente que assustam as eleições, o debate de ideias, os caminhos diferentes.
Para eles  vivemos no melhor dos mundos, e querem que nada mude.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Cavaco, cabrão, só lanças a confusão


À parte a satisfação da necessidade de protagonismo de Cavaco e de deixar a ideia que fez qualquer coisa neste momento chave (ainda que asneira), a quem mais serve a confusão que foi criada?

A inenarrável Assunção


Uma maçada a democracia não serem só cravos na lapela, mas também povo chateado que se manifestado no hemiciclo....

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Mas que embrulhada...

... começa a ser difícil acompanhar os acontecimentos.


Mas para alguém que diz defender a estabilidade, esta atitude é incompreensível. Como se pode achar lógico manter este pântano, não se sabe bem por quanto tempo, e não achar lógico convocar eleições? Em nome da estabilidade? Qual estabilidade?

Noto também, ainda que sem surpresa, a exclusão explícita da esquerda à esquerda do PS para a construção de uma solução de "salvação nacional". Procura-se um consenso que à partida exclui 20% do país que pensa diferente. Porreiro pá!!

Penso que o Seguro nunca cairá na esparrela, mas os próximos dias dirão....

quarta-feira, 10 de julho de 2013

A Europa dos pequeninos


Respeitinho aos states é que é...

A decisão de proibir que o avião de Evo Morales sobrevoasse o espaço aéreo do país é mais um belo exemplo do nível desta gentinha que nos (des)governa: no seu estilo de vassalagem com quem manda, fizeram o habitual jeito aos EUA, mas nem sequer tiveram a honestidade de assumir a decisão, culpando questões técnicas por uma decisão que foi política.
Mais uma vez lamentável.

A Espanha também está bem entregue...


quinta-feira, 4 de julho de 2013

E por onde anda Cavaco...

... aqui tão enigmaticamente representado num quadro de Paula Rego?


("Roubado" do Bitaites).

Absurdistão

Gaspar sai (com uma carta de demissão em que ataca Portas e diz que o líder passa a ser Passos (!), sendo em seguida nomeada como ministra a secretária de estado mentirosa (ao que parece por iniciativa de Passos e aparentemente sem a concordância de Portas) ...


... depois demite-se Portas, e é dada posse à nova ministra (inacreditável como ninguém parou aquela cerimónia), e Passos faz uma intervenção surreal - diz que não exonera Portas, que não se demite, que fica seja como for....
... e para a palhaçada ser total, PSD e CDS, ou seja Passos e Portas, negociam continuidade da coligação...
Este país não existe.

Para os que acham que é a direita que garante a estabilidade económica