quarta-feira, 30 de novembro de 2011

As negoiciatas do Portas

Este senhor no anterior governo só fez merda com estas negociatas. Esta porra das compensações foi o maior engano que se conseguir inventar para fazer as negociatas que se queria.

Recordo que no caso dos submarinos a coisa fede - embora previstas contrapartidas, basicamente não havia nenhum mecanismo de penalização se não fossem cumpridas. Obviamente o nível de cumprimento das contrapartidas é mínimo.
No caso dos Pandur pelos vistos passa-se o mesmo.

Mas isso não impediu  o total branqueamento do senhor, que um par de anos depois volta a ser ministro e intocável.

Isto é só sacar

Para um governo que foi eleito com o discurso de atingir o equilibrio nas finanças públicas com o corte na "gordura" do Estado, aí temos mais dois episódios em que o que se faz é "inventar" formas de aumentar a receita (depois dos cortes no subsídio de Natal de 2010, no subsidio de férias e Natal de 2011, o aumento dos transportes, etc, etc. etc)....



No caso do Iva sobre a restauração, é evidente que isto vai essencialmente aumentar a fraude fiscal - vão aumentar os preços, mas não se declaram os rendimentos reais. Ou seja, ainda por cima é uma medida estúpida.

No caso das taxas moderadoras, estaremos cada vez mais longe do princípio do acesso geral e gratuito e cada vez mais próximo da lógica do utilizador-pagador, essencial para que os privados tenham clientes para viabilizarem os investimentos efectuados nos últimos anos em infra-estruturas.
Ainda me lembro, aquando da introdução das referidas taxas moderadoras, que o racional era evitar a utilização indevida (moderar o uso), e que em nenhum momento seria um instrumento de financiamento do sistema. Cambada de aldrabões....

Uma última nota para notar que, como habitual, estas medidas afectam de forma indistinta os cidadãos, e nestes serviços há pouca sensibilidade da procura ao preço (ou seja, eu se vou ao hospital, ou se almoço numa tasca, dificilmente deixarei de o fazer, ainda que os preços aumentem 50%). Isto significa na prática que estas medidas são tanto mais penalizantes quanto mais pobre é o cidadão. Mas isso é uma lógica que escapa a este governo...

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Heil Angela

Cortes adicionais nos dias de descanso

Esta ideia de que existem feriados a mais em Portugal, quando comparado com outros países europeus, é mais um Soundbite, uma ideia feita, mas uma rotunda mentira.
Qualquer pessoa que viveu noutro país (o blogger viveu em Espanha, e tem familiares e amigos a viver nos exemplos clássicos: França e Alemanha), sabe que o número de feriados é na verdade superior aos que existem em Portugal – tem é outra formulação, porque aparte os feriados nacionais (menos que cá) existem feriados municipais, locais, regionais e dias para tudo e mais alguma coisa, que na verdade são…. feriados.

Acho que se criou (de há vários anos a esta parte) esta estúpida ideia para mexer numa das coisas mais importantes nas relações laborais – o tempo de trabalho.

O Carvalho da Silva tem razão quando diz que se está a mexer nos fundamentos das nossas vidas e com uma capa de tecnicidade e frieza que faz impressão. Quem se vai fo**ndo são as nossas vidas e das nossas famílias e em última análise a própria essencial do modelo social em que vivemos.

Preocupa-me que a esquerda do “arco da governação” (PS) não diga nada sobre isto, e acho incrível que a Igreja que se apresenta como baluarte da família aqui pouco esteja a dizer como macro-instituição (embora existam exemplos individuais de grande crítica).

E tudo isto tendo como braço operacional este tontinho…..

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Plano Climático (?)


Esta é a lógica desta merda de governo: suspende o investimento que nos poderia tornar menos dependentes externamente e coloca novos impostos sobre toda a gente, neste caso sob a forma de portagem. 

Asneira em toda a linha: ficamos mais dependentes externamente, mais subdesenvolvidos e mais pobres.  E provavelmente mais poluentes. 

Já agora alguém devia lembrar a este governo que a entrada em Lisboa já é toda portajada: ponte 25 de Abril, ponte Vasco da Gama, A1 (norte), A8 e A5 (oeste)… espera falta o IC19 para premiar as pessoas que vivem nos melhores subúrbios de Lisboa.

Resgate da Itália

Se este resgate se concretizar será provavelmente o último. A partir daqui, e nas condições actuais, não deve haver dinheiro para mais.

Aproxima-se a hora da verdade....

Ainda o BPN

No que respeita ao caso BPN, continuo a achar que, na altura em que se revelaram as dificuldades devia-se ter deixado falir o banco. No entanto, alguém decidiu que todos devíamos pagar as tropelias dos amigos do Presidente Cavaco.

A ser assim, a partir desse momento havia que limitar ao máximo as perdas. Não acho nada evidente que se limitassem as perdas vendendo o banco logo a correr.
Mas como a Troika mandou vender o banco, o governo acatou (claro) e meteu-se num processo de privatização apressado e confuso, que resultou numa decisão nebulosa de venda do BPN ao BIC, por 60 milhões de euros (ficando o Estado com as responsabilidades dos lixos, claro! – 4,5 mil milhões de euros na melhor das hipóteses – um crime).

Pelos visto nem assim a coisa se resolve. Agora a lógica é liquidar o banco? E porque não vendê-lo a outro dos concorrentes?

Este processo está cada vez mais embrulhado.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Para o abismo, rapidamente e em força

A greve e a comunicação

Faz-me um pouco de impressão que o que se noticie da greve de ontem seja o par de murros trocados entre manifestantes e polícia em frente ao parlamento e um ou dois piquetes de greve sobre os quais a polícia interviu.
E esta análise é comum a todos os jornai, às rádios, tv's, etc.

E as adesões (os números iniciais do governo eram de tal forma absurdos que se viram obrigados a revê-los, ainda que para valores parvos igualmente), e as manifestações com dimensão muito significativa, e o mau estar que têm subjacente, e as posições do governo, e da oposição, ...

Só faltou dizer que a greve era a responsável pelo corte no rating de Portugal - pelo menos uma notícia fui muitas vezes alinhada no seguimento da outra....

Este país está cheio de duques

Este tipo não é nada convencido.
Onde é que foi buscar a ideia de que algum dia teria sido "menisteriável".
A malta que se tenta por em bicos de pés é lamentável.

É uma tristeza que tenha hoje uma posição de destaque na escola onde estudei... dá-lhe má fama.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Um deputado do PSD pode votar por 25 na Madeira

Esta notícia é mais uma prova de que a Madeira se mantém na Twilight Zone.

Nesta onde de absurdo, porque não oferecemos a Madeira à sra. Merkel em troca da nossa dívida? Se virmos bem toda a gente ficaria feliz:
  • o Alberto João passava a ter uma teta ainda maior onde mamar;
  • os alemães passavam a ter sol a um preço módico;
  • durante um par de anos estaríamos livres dos credores.
A única condição seria "nacionalizar" o Cristiano Ronaldo, que em nenhum cenário poderia vir a jogar pela Alemanha.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Beija mão

Qualquer líder eurpopeu democraticamente eleito, a primeira coisa que faz a seguir à eleição é ir ao beija mão da sra. Merkel.
Estamos muito mal....

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Conferência do Mar 2011

O jornal Expresso vai organizar na próxima 6ª feira a Conferência do Mar 2011, que conta com a participação da "fina flor", destacando-se entre os oradores o ministro Álvaro Santos Pereira e o presidente da Comissão Durão Barroso.
Trata-se portanto de um evento de alto nível sobre o futuro de um "activo" que nos pode ajudar a "safar" no futuro como país.
O programa da conferência pode ser visto aqui.

Pasmo com a inexistência no programa de um ponto sobre a investigação marinha (sustentabilidade de recursos e potencial de exploração dos minérios do fundo marinho) e sobre os sectores tradicionais em Portugal: pesca, construção e reparação naval e industria de convservas. Ou seja, querem construir o futuro numa área estratégica desprezando o conhecimento científico e o know-how técnico acumulado no país (existente sem pagar um tostão, bastanto procurar).

Já agora, como última nota, referir que quem quiser assistir terá que pagar 430€ por uma conferência de uma manhã e um almoço.....

Mais uma machadada no SNS

O governo estará a ponderar a criação de uma grande entidade hospitalar em Lisboa, suportada numa parceria público-privada. Isto depois de anos de uma experiencia com o mesmo modelo no Amadora-Sintra, com muito pouco resultados visíveis - ruinoso para os cofres do Estado e desastrado do ponto de vista da prestação de serviços (só falta que um dos parceiros venha a ser o antigo "patrão" do actual Ministro).

O quadro completa-se com as limitações de acesso ao serviço, neste caso de urgências (alguém acredita que os Centro de Saúde tenham capacidade de resposta se para eles passarem os casos não graves das urgências?).

O utente terá assegurado (muito?) pior serviço, pagamos para ver se o Estado poupa dinheiro, e os privados (grandes grupo detidos pelo sector financeiro) ganham sempre: ou por via da parceria, ou por via do aumento da frequencia das suas estruturas prórpias (privadas) pela quase certa degradação do serviço público.

Sem comentários

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Transplantes de órgãos descem a nível mais baixo dos últimos anos

Ver notícia aqui.

"(...) Há quem não hesite em relacionar a descida com o corte de metade das verbas para a área decretado em Agosto. A Autoridade para os Serviços de Sangue e da Transplantação (ASST) responde que está a tentar perceber as causas, mas nota que pode ser porque "o número de potenciais dadores tem simplesmente vindo a diminuir". (...)"

Não tem a ver com os cortes? Claro que não, o pessoal é que morre menos... Isto se não fosse trágico era mesmo para rir.

Eu acho que o homem da saúde até nem é dos piores no meio da desgraça do governo, mas nesta medida específica meteu mesmo água...

Cavalgar a onda da austeridade 2

... antes que o pessoal acorde da anastesia.

Por uma vez estamos à frentes dos espanhóis

Este filme já o vimos por cá, há uns meses atrás.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Cavalgar a onda da austeridade


Estes gajos continuam a esticar a corda.
Ao fim de meio ano que resultados têm estes senhores para apresentar? O desemprego em níveis máximos? A inflação alta? A economia em quebra (-1,7% no 3º trimestre)?
Porquê aprofundar ainda mais a austeridade?
Qual o limite para os sacrifícios? E a quem beneficiam afinal?

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Nova publicidade da Benetton....


Campanha completa aqui, e notícia fonte aqui.

Os resultados deste Grupo de Trabalho são uma anedota

Os canais regionais passam para os governos regionais – para promover a independência certamente.
http://publico.pt/1521173 (para a noticia completa)

Os custos dos canais regionais saem da RTP, que se vende, e passam para o governo regional. Ou seja, e como habitualmente, os privados ficam com o lombo e a todos nós caberá suportar os custos.  Mas não há problema, os funcionários ainda têm 12 ordenados anuais para emagrecer...

Ai que as contas do Gaspar vão sair furadas

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Tecnocratas e países aflitos

Nas economias europeias em quebra, por via das dívidas soberanas, está a viver-se um fenómeno de suspensão entusiástica da democracia para "salvação" da nação, nomeando-se (em vez de se eleger) como salvador um tecnocrata: primeiro foi Papademos na Grécia, agora o Sr. Monti em Itália.
Num certo sentido, o próprio mi-nis-tro Gaspar tem ar de ter sido imposto pela Troika como condição para emprestarem dinheiro, garantindo-se desde logo a defesa dos credores a partir do próprio governo.

Estes actores têm 2 coisas em comum: não foram eleitos (Gaspar foi nomeado pelo governo eleito) e tudo farão para seguir a agenda brutal de ajustamento, a "receita" dos credores que tem vindo a ser utilizada - com resultados desastrosos, diga-se.

No fundo a democracia é uma maçada, e em tempos como estes há que aproveitar para por limites a essa excentricidade.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Os gajos são mas é uns porreiraços

... mas só para os bancos.

Os abutres já voam sobre as empresas públicas de transporte



.... as tais que não valem nada.

Governo opta por regime que favorece empresas na tributação de dividendos

Numa altura destas, em que todos os dias são pedidos mais sacrifícios, mais uma nota que beneficia aqueles que ficam foram dos ditos sacrifícios.
Entre a incompetência e a captura do interesse público pelas grandes empresas, quem se lixa é o mexilhão.

Perante isto, a notícia do i de hoje sobre a segurança completa o quadro geral: vamos beneficiar os ricos, espremer os pobres e garantir pela força que quando houver chatice esta é convenientemente reprimida.



Tudo isto é nojento

O eléctrico 28

Este sábado fui, com  a loba e os lobinho, dar um passeio no eléctrico 28 de Lisboa, entrando no Martim Moniz e saindo no Chiado. É um percurso que há alguns anos não fazia e agora finalmente repeti.
Sendo este um referencial turístico e percurso obrigatório para qualquer visitante que vem a Lisboa, e pretendendo-se que Lisboa potencie turisticamente a sua beleza, fico perplexo com a oferta. Ao sábado de manhã (às 11:30) os electricos partem a cada 15 (?) minutos. Esta inacreditável frequencia traduz-se em que o electrico vá completamente a abarrotar desde a 1ª paragem, no Martim Moniz.
95% dos passageiros eram turistas. Uma viagem que deveria ser tranquila e permitir apreciar o pitoresco dos locais por onde passa e deixar umas belas imagens de Lisboa (nas máquinas digitais e nas cabeças das pessoas), tranforma-se num percurso dentro de uma lata de sardinha, que desejamos chegue depressa ao fim.
Era bom que os senhores da Carris entendessem que o electrico 28 é mais do que uma carreira de electricos, é uma viagem pela alma da cidade, é uma visão intergrada de várias colinas, é um produto turístico único, é uma mais valia enorme para a cidade, e é uma lástima as condições de serviço que presenciei.
E os cortes baseados em contas de mercieiro que se andam a fazer para os transportes públicos suspeito ainda venham agravar mais este estado de coisas.

As contradições do Ângelo

Estas montagens de video que põem o seu protagonistas a dizer uma coisa e o seu contrário, conforme a conveniência, são absolutamente demolidoras.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Eliminação dos descontos para jovens e idosos nos passes – mais uma medida vergonhosa

Que governo de merda.

Tretas.org - Ora aí esta um sítio a adicionar aos favoritos


Na apresentação  dizem que…

“(…)Vamos, com a colaboração de todos os interessados, compor dossiers sobre os casos mais falados e também sobre outros menos falados. Faremos fichas sobre as figuras públicas para permitir avaliar o seu verdadeiro mérito e não se têm ou não um bom assessor de imagem.

Não irá encontrar aqui qualquer julgamento de valor mas sim notícias que saem nos media, relatórios e documentos oficiais do estado, agrupados para permitir o julgamento independente de cada um. (…)”

Também em Espanha se deverá aprofundar o caminho da austeridade

… e a mais que provável vitória do PP nas legislativas não augura nada de bom.
 
E isto não nos é nada indiferentes porque a nosso dependência deles, nomeadamente como destino das exportações, é muito significativa.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O princípio do fim da UE

Sou de uma geração que viu Portugal aderir à CEE (ainda jovem) e viveu o lado cor de rosa desta decisão – as melhorias nas infra-estruturas, a viragem do país para o modelo Europeu, a melhoria dos níveis de vida, a criação de novos hábitos de consumo, etc.

É verdade que ao mesmo tempo havia a percepção de que parte da economia nacional estava a ser eliminada (pesca, agricultura, parte da industria), mas vendia-se que eram actividades onde não éramos competitivos, e que a UE nos ajudaria a dar o salto para os sectores modernos e de futuro. E a entrada no Euro era parte do processo de modernização.

O filme começa a enegrecer quando, com o passar do tempo, a pouca competitividade se mantém, o investimento público para ajudar a dar o tal salto qualitativo na nossa economia começar a ser bloqueado pela necessidade de cumprir critérios macro-económicos para estar no euro (o famoso discurso da “tanga” do governo Barroso é um marco) e o crescimento económico, base de qualquer evolução, estanca (de 2001 a 2010 o PIB português foi um dos que menos cresceu a nível mundial – está no Top 5 a contar do fundo!!!).

As notícias que hoje surgem na imprensa, exemplo aqui, aqui e aqui, sugerem que, na ausência de resultados da actual receita de austeridade para combate à crise soberana, em vez de se alterar a prescrição vai-se começar a cortar membros do corpo do doente. Admitir uma Europa a duas velocidades, que na verdade são 3 (os países euro-premium, os países euro-lixo e os países não euro), é estou em crer caminhar para o fim do sonho europeu.

Ao excluírem-se estados do euro, por decisão clara e assumida de 2 dos estados, de forma quase unilateral, está-se a abrir a caixa de pandora do egoísmo nacional (sempre implícita mas até aqui disfarçada nos discursos dos líderes e no papel agregador das instituições europeia).

Três notas finais:

·         Lamentável o papel de Durão em todo este processos – ultrapassado há muito pela acção do eixo Franco-Alemão, sem influência, sem acção, sem relevância – um fantoche;

·         Ao que parece tudo isto é precipitado porque Sarkozy quer manter o triplo A da França nas avaliações das agências de rating, Isto é sintomático do ponto ao que as coisas chegaram;

·         A democracia e o escutar os governados foi banida dos processos de decisão da EU.

 A partir de aqui alterou-se definitivamente o paradigma e já nada será como antes.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Mais um


Não foi a corrupção, não foi o fazer leis à sua medida, não foi o uso discricionário do poder, não foram os escândalos sexuais … fui a UE e o seu inexorável caminho para o abismo que acabaram por afundar Berlusconi.
Este processo de cegueira ideológica é de terra queimada, “mata” tudo o que lhe passa pela frente, inclusivamente os seus defensores.
As coisas estão irremediavelmente mal:

·         Depois da “ajuda” à Grécia, Irlanda e Portugal parece inevitável a intervenção na Itália – e a haver ajuda os valores envolvidos com os restantes 3 países são brincadeira face aos montantes envolvidos com Itália.

·         Há governos a cair uns atrás dos outros: em Portugal o governo Sócrates, em Espanha Zapatero foi-se embora mais cedo, na Grécia Papandreo teve o fim inevitável, e agora na Itália é Berlusconi a cair. Who’s next?

·         O “governo” da UE é uma anedota: Barroso é um fantoche (que diferença de influencia face a um Delors ou a um Prodi, só para referir alguns que já vivenciei), Van Rompoy nada influencia, e da senhora inglesa nem recordo o nome. A UE é dominada pela dupla Mercozy, que fazem cimeiras bilateriais atrás de cimeiras bilaterais e informam os restantes países das suas doutas decisões.

Isto vai acabar mal. Vivemos tempos perigosos…..

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Para o abismo rapidamente e em força


Governo admite salvar um subsídio?


Portanto, as medidas são violentas mas é porque tem mesmo que ser, não há alternativa.....

Não há nada como uma "abstenção violenta" para por o comandante na ordem e salvar os músicos de afundarem com o Titanic. Pena é que não se evite o afundamento.

Seus Despesistas

Lá vem outra vez a merda do discurso moralista.
Agora querem determinar em que é que gastamos o dinheiro que ganhamos.
Ah, espera.... é que não ganhamos, as empresas e o Estado é que o cedem, portanto é só mais um custo. Se ainda o gastamos é porque estamos a receber demais....
Ai que a Sra. Merkel ainda se dá conta, chateia-se e vem cá dar-nos tau tau......

Assassino 4 anos depois à solta

Este senhor assassinou de forma permeditada e brutal um amigo. Este senhor deixou orfãs duas crianças menores e uma rapariga e tornou uma mulher viúva. Este senhor continua em liberdade passados 4 anos.
O que quer que se passe a seguir não invalida um facto: neste caso não foi feita justiça, num caso de morte não se fez justiça.

Defendo que cabe aos tribunais garantir a diferença entre o Estado de Direito e a barbárie, mas entendo que neste caso a situação aproxima-se perigosamente da barbárie - este homem matou outro, no Portugal democrático, e não lhe aconteceu nada.

(A partir de uma notícia do Correio da manhã de hoje)

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

RTP e Serviço Público

No passado sábado assisti a um concerto da Rita Redshoes, que passou na 2, e de que gostei.
Devo dizer que conhecia muito mal a artista (que ignorante sou!!!) e para mim foi uma descoberta.
Nesta onda de privatizações, fusões, racionalizações, etc. que varre a nossa vida pública, pergunto-me aonde irá caber a divulgação deste tipo de programas.
Mesmo olhando para o panorama de TV alargado, incluindo Tv Cabo, não creio que exista um só canal que apresente concertos de artistas portugueses (e mesmo concertos em geral é muito raro). E a divulgação de filmes portugueses? E de filmes anteriores a 2000? E de cinema independente? (só para citar uma arte que aprecio especialmente).
Claro que tudo isto é caro, tem supostamente pouca audiência, etc. Mas não é isso o serviço público? Não é verdade que sem isto não há mesmo nada?
Ou alguém acredita que o “espírito” da 2 sobreviverá a uma RTP só com um canal?

Lost in Translation

Passado um par de anos revi na 6ª feira à noite, na TV, o primeiro filme (acho) da Sofia Copolla – Lost in Translation.
Neste segundo visionamento gostei ainda mais deste curioso filme. Para além de, machistamente, concordar com estes reparos relativamente à cena inicial, gostei muito do quadro de fundo de um Japão muito diferente do que qualquer ocidental está habituado, do espanto com que os personagens olham para o que os rodeia, da sua disponibilidade para olhar.
Neste sentido este filme desperta a vontade de viajar, no melhor sentido que esta experiência pode ter: para estar disponível para olhar, para nos deixarmos tocar e surpreender.

Depois tudo é muito bem filmado, original, bonito, surpreendente, transmite sensações que vão para além do que se está a ver.

Por outro lado, a história da relação entre as 2 personagens principais – uma jovem (Scarlett Johansson) recém casada que acompanha o marido igualmente jovem, fotógrafo, e que anda à procura de um sentido para a sua existência, e um actor (Bill Murray) a entrar na fase de declínio da sua carreira e da sua vida, e que vai ao Japão promover um wishky - é tratada com uma sensibilidade muito grande.
Aos receios que a jovem tem sobre o casamento (o marido é um bocado parvo) e o sentido profissional que quer dar à sua vida contrapõe-se o actor na fase descendente do casamento e da profissão, situação que está a aprender a digerir. Entre estes 2 extremos, que afinal têm ponto de proximidade, nasce uma paixão muito bonita, que se desenvolve naquele estranho ambiente, quase numa bolha, e que não é consumada fisicamente no filme, mas que é deixada em aberto no final (não se sabe o que é dito entre os personagens na última cena).

Muito, muito bom.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O pinóquio

Este post já tem sido muito comentado na blogosfera, mas de facto é um tratado...

http://aventar.eu/2011/10/13/pedro-passos-coelho-best-of-2010-2011/

Golpe de teatro

O referendo na Grécia (provável) ao último pacote de “ajuda” da Troika, independentemente das razões que estiverem na base da sua convocação (a destituição dos chefes dos várias ramos das forças armadas é muito estranha), têm várias implicações a meu ver da maior importância, de que destacaria 2:

1.      O pacote de ajuda à Grécia foi decidido ao nível da UE, impulsionado pela acção da dupla Merker-Sarkozy – aliás o ar de “ovo cozido” com que o Sarkozy declara que os chefes de estado deviam ser solidários com o sucedido é lamentável e a própria afirmação ridícula. A primeira solidariedade de qualquer líder de governo é com o seu próprio povo, não com os colegas da UE – OUVIU SR. PASSOS.
Depois de 2 anos a “esmifrar” os gregos, e com um novo pacote que já foi definido basicamente por terceiros países, devolver a decisão ao povo sobre a aceitação de novo e violento pacote de austeridade parece do mais básico sentido de fidelidade ao povo. Aliás o PM grego saberá que a sua legitimidade para a implementação de tais medidas sem um mandato claro das vítimas é nula. Esta decisão permite aliás discutir algo a que se vem fugindo: quais as opções alternativas a estes programas de ajustamento “a la FMI” – se calhar existem.
2.      Fica-se a saber que os devedores também têm poder negocial, e que não há nenhuma boa razão para que o processo esteja a ser gerido pelos credores e defendendo unicamente os seus próprios interesses. (O discurso dos pecadores do sul VS os financiadores do Norte tem que ser ultrapassado. Introduz ruído numa discussão séria, esconde que para haver devedores houve quem conscientemente emprestasse, esconde a natureza do endividamento, e sobretudo esconde quem são os verdadeiros beneficiários da situação actual.)

Receio que estejamos a assistir ao princípio do fim do euro. E acho que ninguém sabe o que se seguirá. Vivemos tempos perigosos…

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Lá como cá

Em Espanha espera-se a mudança de ciclo, com o final do ciclo PSOE/Zapatero e a mais que provável ascenção do PP de Mariano Rajoy.
Lá como cá a economia está a estagnar e o défice público a entrar em descontrolo.
Lá como cá a direita chega ao poder.
Lá como cá a solução parece ser aproveitar a onda para impor um plano de "reformas" que comprime o trabalho em benefício do capital. Um plano que noutras circunstancias ninguém teria coragem nem sequer de sugerir.

Vivemos tempos perigosos.

"Governo não descarta hipótese de cortar dias de férias"

E porquê manter horários de trabalho? E salários?

Se passarmos a ser todos escravos teremos a competitividade externa garantida.

Alexandre Miguel Mestre, essa refinada besta

O secretário de estado da juventude do desporto afirmou num qualquer fórum no Brasil que "Se estamos no desemprego, temos de sair da zona de conforto e ir para além das nossas fronteiras".

Gostava que este senhor tivesse experimentado o "conforto" do desemprego, porque assim teria entendido que perdeu uma belíssima oportunidade de estar calado.

Esta intervenção ilustra uma vez mais a visão que este governo tem de quem trabalha, e de quem está no desemprego. O desempregado é visto como um malandro, alguém que não quer trabalhar e que se adapta à situação de "conforto".

Esta gente tem que ser posta no sítio rapidamente...