Nas economias europeias em quebra, por via das dívidas soberanas, está a viver-se um fenómeno de suspensão entusiástica da democracia para "salvação" da nação, nomeando-se (em vez de se eleger) como salvador um tecnocrata: primeiro foi Papademos na Grécia, agora o Sr. Monti em Itália.
Num certo sentido, o próprio mi-nis-tro Gaspar tem ar de ter sido imposto pela Troika como condição para emprestarem dinheiro, garantindo-se desde logo a defesa dos credores a partir do próprio governo.
Estes actores têm 2 coisas em comum: não foram eleitos (Gaspar foi nomeado pelo governo eleito) e tudo farão para seguir a agenda brutal de ajustamento, a "receita" dos credores que tem vindo a ser utilizada - com resultados desastrosos, diga-se.
No fundo a democracia é uma maçada, e em tempos como estes há que aproveitar para por limites a essa excentricidade.
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